- A securitização de ativos transforma uma carteira em títulos negociáveis, oferecendo liquidez e diversificação.
- Os títulos de securitização são respaldados por ativos geradores de receita, como hipotecas ou empréstimos.
- A FlexFunds facilita o acesso global ao mercado de capitais, otimizando a emissão de títulos listados.
- Os programas da FlexFunds melhoram a eficiência, acessibilidade e rapidez no lançamento de veículos de investimento independentes por meio de um programa de securitização de ativos que cria produtos listados em bolsa (ETP).
Constituída na década de 1970, a securitização de ativos é um dos instrumentos financeiros mais populares para obter financiamento no mercado de valores, transformando um ativo ou carteira de ativos em valores mobiliários negociáveis, mais conhecidos como títulos de securitização.
Em um contexto econômico em constante mudança e com desafios para os gestores de ativos, aproveitar as vantagens dos títulos de securitização é fundamental para otimizar as estratégias financeiras e garantir um crescimento sustentável, ao mesmo tempo em que se avança na diversificação dos portfólios de investimento, segundo a FlexFunds.
Este é um mercado avaliado em cerca de US$ 13 trilhões globalmente, e como instrumento, apresentou uma evolução desde a crise das hipotecas subprime de 2007, com normas aprimoradas para a subscrição de empréstimos, menor alavancagem dos lares em mercados como os EUA e, em geral, estruturas mais sólidas, segundo o banco americano JP Morgan1.
Atualmente, “a securitização é uma ferramenta útil para lidar com a aversão ao risco por parte dos atores dos mercados de capitais (…). Se esses benefícios forem combinados com as regulamentações adequadas, a securitização pode ser uma ferramenta eficaz e poderosa para promover o crescimento econômico e o desenvolvimento do mercado de capitais nos mercados emergentes e em desenvolvimento”, afirma um artigo de José Ramón Tora para o BID Invest2.
FlexFunds, uma plataforma dedicada à criação e lançamento de veículos de investimento, que conta com um dos programas de securitização mais avançados do mercado, explica em que consiste este instrumento financeiro, quais tipos existem no mercado e quais aspectos devem ser considerados.
O que são os títulos de securitização?
O processo de securitização consiste, em termos práticos, em agrupar uma série de ativos que geram receita, como hipotecas ou empréstimos, para depois serem transferidos ou cedidos a um veículo conhecido como fundo de securitização, que opera como um patrimônio separado.
Os fundos de securitização são responsáveis por reempacotar esses ativos como títulos para posteriormente emiti-los no mercado, o que proporciona liquidez ao originador e, ao mesmo tempo, constitui um mecanismo para diversificar as fontes de financiamento.
Em um ambiente financeiro cada vez mais competitivo, a capacidade da FlexFunds de projetar e lançar veículos de investimento (ETPs) em prazos reduzidos oferece uma vantagem significativa, maximizando a liquidez e minimizando os riscos associados.
Os títulos emitidos são denominados títulos de securitização nos mercados. Esses títulos são respaldados pelos ativos que foram cedidos pela entidade que busca financiamento para a constituição do fundo.
Os pagamentos dos títulos, que estão isolados em caso de falência da entidade cedente3, provêm dos fluxos de caixa dos ativos que os respaldam, de acordo com o dicionário econômico do meio mexicano Expansión.
Quais são os tipos de títulos de securitização no mercado?
Os títulos de securitização são classificados em diferentes categorias de acordo com a cesta de ativos cedidos pela entidade que busca financiamento e o tipo de fundo que é configurado com esses ativos. Alguns dos títulos mais populares são os emitidos pelos fundos de securitização hipotecária (mortgage securitization fund), que podem ser respaldados por hipotecas residenciais ou comerciais.
Dependendo da classificação das autoridades financeiras, as categorias podem variar, mas geralmente, outros grupos populares de títulos de securitização incluem aqueles respaldados por notas promissórias de empresas (asset-backed commercial paper).
Também existe um tipo de títulos de securitização respaldados por dívidas (collateralised debt obligation), como dívidas corporativas ou contas a receber. Além disso, há outra classe de títulos (asset-backed securities) associados a um conjunto mais amplo de ativos subjacentes menores “em posse de diversas instituições financeiras, como bancos, cooperativas de crédito e outros credores”, incluindo empréstimos estudantis ou para veículos, explica a plataforma de educação financeira canadense Corporate Finance Institute4.
A securitização é um veículo que permite às entidades originadoras acessar liquidez e diversificar suas fontes de financiamento. Ao transformar ativos em títulos negociáveis, abre-se um leque de oportunidades tanto para emissores quanto para investidores, que podem se beneficiar de um melhor acesso ao mercado e maior flexibilidade na gestão de riscos.
Quais são as vantagens e os aspectos a considerar dos títulos de securitização?
A securitização oferece aos emissores maior exposição no mercado ao proporcionar um melhor acesso ao capital e à banca privada internacional, como faz a FlexFunds, que, na prática, simplifica a distribuição desses instrumentos.
Os programas da FlexFunds não só facilitam o acesso global, como também melhoram a diversificação da classe de ativos, bem como a rapidez e eficiência (emissões lançadas em 6 a 8 semanas), o acesso a informações em tempo real e uma administração integrada (através de instituições financeiras e legais confiáveis).
A FlexFunds se posiciona como um parceiro-chave no processo de securitização, oferecendo soluções avançadas para a emissão de títulos listados nos mercados internacionais. Com ferramentas como FlexPortfolio, Flex Private Program e FlexFeeder, os gestores de ativos podem acessar os mercados globais de maneira rápida e eficiente.
Quanto aos aspectos a considerar, José Ramón Tora, do BID Invest, indica que “a securitização pode ser um produto relativamente complexo e implicar um processo de execução complicado para emissores novos. A chave é trabalhar com os clientes ao longo desse processo, antes e depois da emissão dos títulos”.
Outro aspecto a ser considerado neste tipo de instrumento está relacionado aos riscos de inadimplência, que são associados tanto aos direitos de cobrança que respaldam os títulos de securitização quanto aos efeitos de um aumento nas taxas de juros sobre os empréstimos.
Em todo caso, trata-se de instrumentos de financiamento especializados que requerem a experiência dos gestores de ativos para sua integração eficaz nos portfólios de seus clientes, considerando aspectos habituais como o perfil e o horizonte de risco, assim como as condições particulares de cada mercado.
Os instrumentos da FlexFunds visam otimizar a experiência com soluções como o FlexPortfolio, que potencia os gestores de portfólios com ETPs listados, oferecendo eficiência e acessibilidade. Por outro lado, o Flex Private Program oferece aos clientes uma administração personalizada, ideal para aqueles que buscam flexibilidade na estruturação de seus ativos securitizados, enquanto o FlexFeeder ajuda a securitizar ações privadas de um fundo para melhorar a distribuição global, através da criação de um título listado. Todas essas soluções podem facilitar a emissão dos títulos nos mercados internacionais, utilizando plataformas como a Euroclear, o que melhora a acessibilidade e a distribuição desses ativos reembalados.
Em um ambiente financeiro cada vez mais competitivo, a capacidade da FlexFunds de projetar e lançar ETPs em prazos reduzidos oferece uma vantagem significativa, maximizando a liquidez e minimizando os riscos associados. A securitização se consolidou como uma ferramenta essencial no mundo financeiro, permitindo que as entidades originadoras acessem liquidez e diversifiquem suas fontes de financiamento de maneira eficiente. Ao transformar ativos em títulos listados, abre-se uma janela de oportunidades tanto para emissores quanto para investidores, que podem se beneficiar de um melhor acesso ao mercado e maior flexibilidade na gestão de riscos.
Fontes:
1https://am.jpmorgan.com/sg/en/asset-management/per/investment-ideas/securitisation-then-and-now/
2https://idbinvest.org/en/blog/development-impact/securitization-tool-issuers-reallocate-credit-risk-and-widen-investor-base
3https://www.expansion.com/diccionario-economico/bono-de-titulizacion.html
4https://corporatefinanceinstitute.com/resources/fixed-income/asset-backed-securities-abs/