- Neste artigo, detalhamos quais são os ativos alternativos escolhidos pelos gestores de carteiras para diversificar e obter melhores rendimentos a longo prazo.
- As informações foram extraídas do II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025, desenvolvido pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society, e são direcionadas a administradores de carteiras e consultores de investimentos que buscam diversificar além de ativos clássicos, como títulos e ações.
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Os portfólios de investimento mais sofisticados estão incorporando, com frequência crescente, ativos alternativos que não se alinham às categorias tradicionais de ações, títulos ou dinheiro. Essa mudança na composição dos portfólios se deve principalmente a três razões fundamentais:
- Redução do impacto da volatilidade: os ativos alternativos apresentam baixa correlação com os mercados financeiros tradicionais, o que contribui para reduzir a volatilidade geral de um portfólio. Por não dependerem do desempenho dos mercados de renda variável ou fixa, esses ativos permitem suavizar o impacto das flutuações do mercado e proteger o capital em cenários de incerteza econômica.
- Acesso a rendimentos superiores e oportunidades únicas: esses ativos oferecem a possibilidade de obter rendimentos mais altos por meio de investimentos que não estão disponíveis nos mercados tradicionais, como imóveis, private equity, hedge funds e produtos estruturados, que podem proporcionar um retorno ajustado ao risco mais atraente a longo prazo.
- Melhoria na diversificação do portfólio: embora os ativos alternativos apresentem desvantagens como menor liquidez, maior opacidade em termos de transparência e regulação, e taxas mais altas, continuam ganhando relevância na construção de portfólios de investimento, justamente por sua capacidade de diversificar as fontes de retorno e oferecer um perfil de risco diferente dos ativos tradicionais.
Os ativos alternativos mais incluídos nos portfólios
No entanto, nem todos os ativos dessa classe estão presentes em todos os portfólios de investimento. No II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025, desenvolvido pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society, os gestores de ativos indicaram quais são suas preferências nessa área:
Imóveis
Em primeiro lugar, 39% dos gestores entrevistados detalharam que mantêm imóveis como ativos alternativos nos portfólios dos investidores. Nesse caso, o investimento oferece rendimentos estáveis e recorrentes, potencial de valorização do capital no futuro e baixa volatilidade em comparação com os mercados de ações.
Além disso, em épocas de incerteza econômica, os imóveis atuam como refúgio de valor.
Private Equity
Por outro lado, 29% dos especialistas afirmaram ter seus portfólios voltados para fundos de private equity, que, embora envolvam maiores riscos e menor liquidez devido ao horizonte de longo prazo, também oferecem maiores retornos.
Ativos Digitais
Enquanto isso, 10% dos administradores de carteiras incluem ativos digitais como alternativos. A escolha por esse grupo, que pode incluir criptomoedas, reflete a disposição para investir em tecnologia emergente e ativos de alta volatilidade, que, em troca de maior risco, podem oferecer altos retornos.
Hedge Funds
Por sua vez, 7% indicaram utilizar investimentos alternativos como hedge funds e “commodity trading advisors” (CTAs), que proporcionam estratégias ativas e sofisticadas para gerar rendimentos positivos em diferentes condições de mercado, especialmente através do uso de derivativos financeiros.
Outros
O relatório, que considerou a opinião de executivos de 100 empresas do setor financeiro de 18 países, revelou que 15% incluem em sua seção de ativos alternativos outros tipos de ativos e estratégias, além dos mencionados anteriormente.
Qual percentual é destinado a ativos alternativos?
O II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025 da FlexFunds e da Funds Society também forneceu detalhes sobre o percentual de carteiras administradas por especialistas que se concentram em ativos alternativos, além de títulos, ações ou dinheiro.
Especificamente, 43% dos entrevistados alocam até 20% a esses ativos, enquanto 20% destinam menos de 10% e apenas 17% mais de 30%.
No entanto, 23% dos gestores não souberam responder essa questão. Além disso, 61% do total aposta até 30% em ativos alternativos.
“A decisão de alocar capital a ativos alternativos e a quantidade destinada dependem da tolerância ao risco e da sofisticação dos investidores. Esses ativos, por envolverem maior risco do que os tradicionais, são mais adequados para perfis de risco agressivo”, informa o relatório.
A disrupção dos ativos digitais
Embora apenas 10% dos administradores optem por ativos digitais para diversificar os portfólios dos investidores, vale destacar como essa categoria é composta devido à sua inovação.
Dentro da ampla variedade e combinações possíveis de ativos digitais, destacam-se criptomoedas como bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), de forma direta ou através de seus ETFs, e outras como cardano (ADA), ripple (XRP), polkadot (DOT) e chainlink (LINK). Também há espaço para os famosos tokens não fungíveis (NFTs).
Por outro lado, entre aqueles que não incluem ativos digitais em suas estratégias de ativos alternativos, 39% mencionaram que isso se deve à alta volatilidade e ao risco. Desses, 17% apontaram a falta de conhecimento e 12% citaram outras razões, como a falta de regulamentação, a preferência do cliente por não investir neles, etc.
“No entanto, há sinais de interesse nesse tipo de ativo e é provável que haja alocações futuras nos portfólios, à medida que mais conhecimento e experiência sejam adquiridos”, esclarecem os responsáveis pelo relatório.
Vale lembrar que o II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025 da FlexFunds e da Funds Society pode ser baixado de forma fácil e gratuita em poucos cliques.