- No presente artigo, explicamos quais são os principais grupos de ativos escolhidos por especialistas do setor financeiro para aplicar no processo de securitização de ativos, de acordo com os dados do II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025, desenvolvido pela FlexFunds em parceria com a Funds Society.
- As informações são direcionadas principalmente a gestores de carteiras e consultores de investimentos que desejam entender as tendências da securitização de ativos para os próximos 12 meses.
- O programa de securitização de ativos da FlexFunds possibilita a emissão de produtos listados em bolsa (ETPs), potencializando a distribuição de estratégias de investimento nos mercados de capitais internacionais. Para mais detalhes, entre em contato com nossa equipe de especialistas.
A securitização de ativos, também conhecida como titulização, permite transformar ativos financeiros em títulos negociáveis, facilitando sua distribuição entre investidores.
Além disso, esse processo concede liquidez imediata aos emissores para novas operações, liberando parte do capital inicialmente imobilizado.
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Como funciona exatamente a securitização de ativos?
Especificamente, a securitização de ativos é um mecanismo que implica a criação de um veículo de propósito especial (SPV, na sigla em inglês) que adquire os ativos correspondentes e emite títulos respaldados por eles.
Esses títulos possuem diferentes níveis de risco e retorno. Os SPVs oferecem aos investidores uma fonte de renda derivada dos fluxos de caixa gerados pelos ativos subjacentes, bem como de sua revalorização.
Em nível estrutural, os ativos securitizados são agrupados em um patrimônio separado, isolando o restante das atividades da instituição que os origina.
Quais são os ativos mais “securitizáveis”?
No II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025, a FlexFunds e a Funds Society realizaram uma pesquisa entre 100 empresas do setor financeiro de 18 países para analisar as expectativas dos especialistas em gestão de carteiras para os próximos doze meses.
A maioria dos participantes veio da América Latina (68%), América do Norte (17%) e Europa (13%). Do total, 47% corresponderam a pequenas e médias empresas com menos de 25 funcionários, e 68% das observações estavam ligadas a indivíduos que trabalham em empresas de até 100 pessoas.
Uma das valiosas conclusões foi que há cinco tipos de ativos nos quais o mercado está mais interessado em securitizar:
Projetos imobiliários
Em primeiro lugar, com 18% dos votos, destacam-se os projetos imobiliários como o grupo de ativos mais “securitizáveis”. Alguns dos principais motivos são a natureza tangível e a percepção de estabilidade, com potencial de valorização a longo prazo dos imóveis. Também se valoriza a capacidade desses bens de gerar fluxos de renda estáveis e proporcionar proteção contra a inflação.
Empréstimos e contratos
Por outro lado, com 15% dos votos, encontram-se os empréstimos e contratos. Ao securitizar esse tipo de ativo, os emissores podem obter liquidez, e os gestores e consultores de investimento podem oferecer uma alternativa que seja mais operável e acessível para os investidores.
Ações
Em terceiro lugar, com 14% dos votos, aparecem as ações. O relatório da FlexFunds e da Funds Society aponta que isso reflete a importância dos ativos financeiros tradicionais e a confiança que o mercado ainda deposita neles. Por sua vez, a preferência pelas ações também pode ser impulsionada pelo otimismo sobre uma potencial recuperação econômica e pela busca de maiores retornos.
Títulos
Enquanto isso, os títulos ocupam o quarto lugar com 12%, o que significa que ainda são consideradas uma opção confiável e segura para a securitização. Atualmente, como as taxas de juros estão elevadas e há altas probabilidades de que comecem a cair, os preços dos ativos de renda fixa tenderão a subir.
Fundos de investimento
Em quinto lugar, com 11% das respostas a seu favor, encontram-se os fundos de investimento, principalmente pela diversificação e pela gestão profissional que esses veículos de investimento oferecem.
Conforme explica o relatório disponível para download, o restante do ranking foi completado por derivativos (9%), commodities (8%), propriedade intelectual (5%), moedas (4%) e outros tipos de ativos (3%).
“Em resumo, os resultados da pesquisa refletem uma clara preferência pela securitização de ativos mais tradicionais e tangíveis, com os quais os gestores de ativos estão mais familiarizados, como projetos imobiliários, empréstimos e contratos, e ações. Esses ativos são percebidos como mais seguros e estáveis em comparação com opções mais complexas ou voláteis, como derivativos e commodities”, relataram os especialistas responsáveis pelo relatório.
Por outro lado, acrescentaram que as descobertas destacam a contínua busca por segurança e retorno por parte dos investidores no atual ambiente econômico incerto. No entanto, este relatório também ressalta o crescente interesse dos gestores de ativos em incorporar em seus portfólios ativos alternativos, como parte da estratégia de diversificação com retornos esperados mais altos ou como proteção contra a inflação e a volatilidade do mercado.
Vale lembrar que o II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025 da FlexFunds – Funds Society pode ser baixado de forma fácil e gratuita em poucos cliques.