- Maricarmen de Mateo, do Compass Group, explicou como a gestão de ativos evoluiu ao longo do tempo até incluir investimentos alternativos, conforme detalhado no II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025, elaborado pela FlexFunds em colaboração com a Funds Society.
- A análise é voltada para gestores de ativos e consultores de investimento que buscam entender por que os ativos alternativos ganharam destaque nas últimas décadas.
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Historicamente, o modelo de investimento 60/40, no qual se investe 60% em ações e 40% em títulos, tem sido o mais utilizado para construir carteiras balanceadas e diversificadas.
No entanto, ao longo dos últimos 20 anos, devido a múltiplas crises econômicas e taxas de juros muito baixas, esse modelo não ofereceu uma boa relação risco-retorno. Entre os motivos, destacou-se a alta correlação entre a renda fixa e a renda variável, o que prejudicou a capacidade de diversificação.
“Não precisamos ir muito longe: em 2022, o portfólio 60/40 sofreu seu pior ano desde a crise financeira global de 2008. Seu principal detrator foi a crescente inflação que forçou os bancos centrais a aumentar agressivamente as taxas, o que impactou negativamente o valor dos títulos e ações”, comentou Maricarmen de Mateo, gerente de Produtos de Distribuição de Terceiros do Compass Group.
Nesse contexto, os participantes da gestão de ativos começaram a prestar cada vez mais atenção nos investimentos alternativos, conforme refletido no II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025.
Especificamente, 43% dos especialistas entrevistados alocam até 20% de seus portfólios em ativos alternativos, enquanto 17% investem mais de 30%.
Segundo De Mateo, os ativos alternativos, como imóveis, capital e crédito privado e infraestrutura, tendem a mostrar baixa correlação com os ativos tradicionais como ações e títulos, o que significa que podem oferecer proteção adicional contra a volatilidade e ajudar a melhorar a rentabilidade geral da carteira.
Problemas e soluções
Ainda assim, a executiva destacou os dois grandes desafios que envolvem a gestão de ativos alternativos. Em primeiro lugar, encontra-se a iliquidez desses investimentos, especialmente para horizontes de curto e médio prazo. Além disso, historicamente, esses ativos têm estado reservados para investidores institucionais e escritórios.
De qualquer forma, graças ao avanço da tecnologia e ao desenvolvimento dos mercados financeiros, os ativos alternativos estão se tornando cada vez mais acessíveis e líquidos, graças a soluções como a securitização, que permite criar produtos listados em bolsa (ETP, na sigla em inglês) como os da FlexFunds.
“Com uma maior disponibilidade e variedade de ativos alternativos, os investidores têm a oportunidade de construir carteiras mais robustas e adaptadas a um ambiente financeiro em mudança”, resumiu De Mateo.
Lembre-se de que o II Relatório Anual do Setor de Securitização de Ativos 2024-2025 pode ser baixado de forma gratuita e simples.